O aumento da procura não vai, contudo, ser suficiente para fazer face ao crescimento da produção que continua a ocorrer.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) reviu em alta as previsões para o aumento da procura de petróleo neste ano e no próximo, graças à aceleração do consumo de combustíveis e a uma presumível quebra da produção dos produtores concorrentes da OPEP. A revisão em alta está a impulsionar os preços do petróleo, que, em Nova Iorque, já ultrapassa os 50 dólares por barril.
No relatório mensal divulgado esta quinta-feira, o cartel estima agora que a procura cresça a um ritmo de 1,37 milhões de barris por dia. Já em 2018, a procura deverá aumentar em 1,28 milhões de barris por dia.
À boleia das novas previsões, o petróleo segue a valorizar nos mercados internacionais. O Brent, negociado em Londres, está a subir 1,01%, para 53,23 dólares por barril. O WTI, negociado em Nova Iorque, avança 0,93%, para 50,02 dólares por barril.
Apesar da revisão em alta da procura, a OPEP reconhece que os cortes de produção acordados no final do ano passado não estão a ser cumpridos por todos os membros do cartel. É o caso da Líbia e da Nigéria, que estão isentas destes cortes e, por isso, têm continuado a aumentar a produção. No mês passado, a Líbia aumentou a produção para os níveis mais elevados deste ano. Também a Nigéria tem vindo a aumentar a produção.
Assim, aponta o relatório da OPEP, o aumento da procura não vai ser suficiente para fazer face ao crescimento da produção que continua a ocorrer. Em julho, os 14 membro da OPEP produziram, no seu conjunto, 32,87 milhões de barris de petróleo por dia.