A petrolífera brasileira, parceira da Galp Energia, apresentou lucros que superaram a fasquia dos mil milhões de euros nos primeiros seis meses do ano. Tinha tido prejuízos em 2016.
A Petrobras registou lucros de 316 milhões de reais (84,5 milhões de euros) no segundo trimestre do ano, resultado 14,6% menor do que os 370 milhões de reais (98,9 milhões de euros) no ano passado. No acumulado do ano, os lucros superam a fasquia dos mil milhões de euros. Segundo a empresa, estes resultados refletiram “menores margens obtidas com derivados, a diminuição do volume vendido e redução das despesas operacionais”.
No segundo trimestre do ano, o EBITDA (sigla em inglês para designar o lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) foi de 19,1 mil milhões de reais (5,1 mil milhões de euros).
Na soma dos seis primeiros meses do ano a empresa estatal brasileira alcançou um lucro de 4,7 mil milhões de reais (1,2 mil milhões de euros) frente a um prejuízo de 876 milhões de reais (234,4 milhões de euros) obtidos em igual período de 2016.
Em seu balanço financeiro, a Petrobras explicou que o resultado positivo no primeiro semestre foi alcançado pelo aumento da receita com exportações, cortes de despesas e gastos com importações de petróleo, derivados e gás natural, e o ganho apurado com a venda de ativos.
Já o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) dos seis primeiros meses do ano ficou em 44,3 mil milhões de reais (11,8 mil milhões de euros), resultado 6% superior ao mesmo período de 2016, tendo alcançado uma margem de 33%.
A produção total de petróleo e gás natural da Petrobras no semestre atingiu 2.791 mil barris de óleo equivalente por dia (boed), sendo 2.671 mil boed produzidos no Brasil, 6% acima da produção do ano anterior.
Para justificar este aumento, a empresa destacou o início da operação de uma nova plataforma na bacia de Santos e o recorde mensal de produção de petróleo e gás natural na camada pré-sal (localizado na região litorânea do Brasil onde estão as maiores reservas), que atingiu em junho 1.686 boed.
A Petrobras relatou ainda que suas vendas de derivados no mercado brasileiro foram impactadas pela retração da demanda e pela concorrência, atingindo 1.943 mil barris por dia (bdp), uma queda de 7% em comparação com o mesmo período de 2016.
A estatal brasileira destacou ainda que manteve sua posição de exportadora líquida com saldo de 401 mil bpd, em função do aumento em 48% das exportações de petróleo e derivados e da redução em 25% das importações, em comparação ao 1º semestre de 2016.
A dívida da Petrobras somou 295,3 mil milhões de reais (79 mil milhões de euros) em junho, resultado menor do que os 300,9 mil milhões de reais (80,5 mil milhões de euros) destacados no balanço anterior da empresa no final de março.